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Negociação da Campanha Salarial inicia com imposições da Direção da ECT


Publicada dia 02/07/2021 22:14


A primeira reunião de negociações da Campanha Salarial dos Trabalhadores dos Correios 2021/22 foi realizada na quinta, 1º de julho, e infelizmente a direção da empresa já começou com imposições e dificuldades ao diálogo, como em anos anteriores.

De cara apresentou um calendário fechado para as reuniões de negociações, prevendo para o dia 16 de julho o final das tratativas e a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho.

A categoria ecetista já conhece essa história. Foi o que ocorreu na última campanha. A direção da ECT veio com a história insana e mal contada de prejuízo financeiro e um pacote de mudanças no Acordo Coletivo, com a retirada de dezenas de itens. O mesmo que ocorrera em 2019, ocasião em que ela apelou ao STF, depois do TST negar em julgamento a maior parte de suas imposições à categoria.

Agora, já de início, a direção militar autoritária da empresa quer proibir a participação dos Sindicatos na reunião, restringindo a discussão às direções das duas Federações, FINDECT e Fentect.

Também se recusou a discutir os primeiros itens da pauta, que trata dos números alarmantes de contágio, adoecimento e mortes pela Covid-19 na categoria, resultado da forma com que ela está tratando o pessoal na pandemia, obrigando ao trabalho diário sem sequer garantir condições adequadas de segurança, higiene e afastamento social, e se recusando a atuar pela vacinação antecipada dos ecetistas.

Da mesma forma se recusa a discutir as convocações para trabalho aos finais de semana e feriados. Esse é um item prioritário da negociação, porque essas convocações arbitrárias e abusivas, realizadas sob pressão e ameaças, contrariam a legislação e até mesmo os próprios manuais e portarias da Empresa.

A ilegalidade e a arbitrariedade ficam ainda mais flagrantes com o não pagamento pela empresa dos dias trabalhados e os vales refeição a eles referentes, aos quais o trabalhador tem direito, assunto que ela também se nega a discutir os problemas.

A atitude da direção militar da empresa é similar à do governo que ela representa e segue, cujas ações erráticas e irresponsáveis no trato da pandemia só vieram ao debate com a abertura de uma CPI que abriu a ferida e também está trazendo à tona crimes e corrupção.

O início foi decepcionante e indica mais do mesmo. Por isso a FINDECT e os Sindicatos chamam a mobilização da categoria desde já e apelam para a direção da empresa rever sua posição, não impor o impasse, não argumentar prejuízo frente ao maior lucro da história e não querer roubar ainda mais direitos da categoria.

Acompanhe o site dos Sindicatos filiados à FINDECT e fique por dentro de tudo o que acontece na categoria ecetista.

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