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Em greve, trabalhadores da Eletrobrás combatem privatização, como os dos Correios


Publicada dia 28/01/2022 18:36

● A política de sucateamento e retirada de direitos da categoria tem sido a mesma em todas as empresas que o governo quer privatizar.

● Por isso os trabalhadores da Eletrobrás estão em greve por pagamento da PLR, contra o aumento abusivo do plano de saúde e por melhores condições de trabalho, contra as escalas abusivas e a diminuição do valor das diárias de viagem, e em repúdio à ausência do teste de covid na empresa, mas de fato enfrentam a privatização!

● O SINDECTEB se solidariza com os companheiros da Eletrobrás e apoia a greve, ciente de que a luta deles é a mesma que a dos trabalhadores dos Correios, em defesa de direitos e do patrimônio público!

A greve é contra mazelas que estão ligadas ao processo de privatização da empresa e, portanto, contra a venda das geradoras e distribuidoras de energia e que fazem parte do grupo Eletrobrás.

É uma luta que diz respeito aos eletricitários, mas também a todos os brasileiros, pois é sabido que privatização não melhora serviços como prometem os privatistas, neoliberais em geral, especuladores, empresários e políticos de direita.

Aumento de preços e serviços piores

Um exemplo das desgraças das privatizações ocorreu em São Paulo após a privatização da Eletropaulo. A Enel, que assumiu a companhia, promoveu aumentos abusivos de tarifas, mas nenhuma melhoria no sistema. Os usuários pagam mais por serviços piores.

O exemplo paulista dos trens

Nas linhas em que houve privatização, o número de falhas e atrasos aumentou assustadoramente. Falta investimento e manutenção, é óbvio, e também treinamento para os operadores, como denuncia o Sindicato da categoria.

E o exemplo da Sabesp

A empresa é mista, ou seja, parte de suas ações são privadas e a maioria está com o Estado, que a controla. Além dos aumentos nas tarifas, chama atenção a falta de investimentos no sistema de captação de água, em crise há muito tempo, ao ponto de gerar escassez mesmo em períodos curtos sem chuvas. Essa dependência de São Pedro não é normal nem aceitável.

Tragédias em Mariana e Brumadinho são resultados da privatização

Os crimes envolvendo a barragem de resíduos da mineradora Vale nas cidades de Mariana (2015) e Brumadinho (2019) marcaram profundamente o coração de Minas Gerais e foram fruto da ganância de quem considera que o lucro está acima da vida.

Enquanto eram estatais, nunca ocorreu nada parecido em operações da Vale, até porque as estatais priorizam as pessoas, o crescimento do país, a segurança e o meio ambiente.

Depois que privatizada, os gestores reduziram as medidas de segurança para reduzir gastos e aumentar os lucros, e o resultado foi trágico.

Tudo pelo lucro

O problema da Sabesp, da Eletropaulo, em Brumadinho e Mariana é que a maioria do lucro é repassado aos acionistas como dividendos. Aí não sobra nada para investir. No caso da empresa privatizada é pior ainda. A perseguição ao lucro é ainda mais implacável, assim como a gana dos donos por ampliar suas fortunas.

Por isso é fundamental o apoio e a solidariedade de todos os trabalhadores e seus Sindicatos à greve dos companheiros da Eletrobrás e de todas as estatais ameaçadas de privatização.

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