Outubro Rosa: SINDECTEB defende direito da mulher à saúde pública, gratuita e universal
Publicada dia 14/10/2022 18:00
● O desconhecimento mata: garantir a realização de exames preventivos, de diagnóstico e tratamento gratuitos contra o câncer de mama são obrigações do Estado.
● O SINDECTEB, sempre na luta por direitos sociais para a categoria e o povo trabalhador, reafirma seu compromisso com a saúde da mulher, com o direito à informação e com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Entre os tipos existentes, o câncer de mama é o que mais atinge mulheres em todo o mundo.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2021 foram estimados 66.280 novos casos no Brasil, atingindo, em média, 62 a cada 100 mil brasileiras.
Esse número representa 24,5% de todos diagnósticos feitos no país (um caso a cada quatro é câncer de mama). A taxa de letalidade no Brasil atinge, aproximadamente, 16 mulheres em cada grupo de 100 mil.
Diante desses números alarmantes, o Outubro Rosa – Mês de Conscientização Sobre o Câncer de Mama, chama a atenção para a prevenção e o tratamento dessa doença que mata milhares de mulheres no mundo todos os anos.
Além do diagnóstico precoce, que aumenta bastante as chances de cura, um estilo de vida saudável, consultas regulares ao mastologista e a realização de mamografias regularmente, principalmente para as mulheres acima de 40 anos, são, também, recomendações dos médicos do Inca.
Sempre atuante nas questões sociais, o SINDECTEB chama as mulheres da categoria, que tiveram os cuidados médicos tão negligenciados nos últimos anos, à reflexão e à luta, para que conheçam seus direitos e tenham acesso a atendimento de saúde gratuito e universal, financiado pelo Estado, como prevê a Constituição Federal.
O Sindicato encampa, também, a luta pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e das políticas públicas voltadas para a saúde da população.
Histórico do Outubro Rosa
O mês de outubro é, há algumas décadas, dedicado à prevenção e ao diagnóstico do câncer de mama. Desde 1990, quando ocorreu pela primeira vez em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a campanha de prevenção ao câncer de mama foi ganhando projeção internacional.
O Brasil abraçou a campanha em 2002, quando o Obelisco do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado em cor-de-rosa para chamar a atenção para esse tema. De 2008 em diante, o Outubro Rosa virou um evento fixo no calendário nacional e passou a ter o apoio de inúmeras entidades ligadas à prevenção e combate ao câncer.
Prevenção e diagnóstico precoce são sinônimos de vida
A importância da prevenção (por meio de hábitos de vida mais saudáveis) e do diagnóstico precoce do câncer de mama é o foco da campanha internacional Outubro Rosa.
O SINDECTEB acredita na importância do conhecimento frente ao medo e ao preconceito, por isso reforça a participação nesta importante iniciativa.
Se, no momento do diagnóstico, a doença estiver em estágio inicial, as chances de cura chegam a 95%.
Mamografia
Para mulheres entre 50 e 69 anos, a indicação do Ministério da Saúde é que a mamografia de rastreamento seja realizada a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. A recomendação, por parte dos médicos, é que a avaliação seja feita antes dos 35 anos somente em casos específicos.
Sintomas
Durante o autoexame, é possível verificar se há indício de alguns dos sintomas, como presença de caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); e pequenos nódulos localizados debaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.
Autoexame
O autoexame pode ajudar a encontrar precocemente nódulos. Mas para isso, é necessário fazê-lo mensalmente, entre o 7º e o 10º dia após o início da menstruação (ou uma data fixa para as mulheres que pararam de menstruar) para poder notar qualquer alteração na mama. A qualquer sinal de alteração, procure um mastologista (médico especialista em mamas). Lembrando que esta técnica não substitui a mamografia, apenas auxilia na identificação precoce do câncer.
Como fazer o autoexame
No chuveiro ou deitada: coloque a mão direita atrás da cabeça. Deslize os dedos indicador, médio e anelar da mão esquerda suavemente em movimentos circulares por toda mama direita. Repita o movimento utilizando a mão direta para examinar a mama esquerda.
Diante do espelho: inspecione suas mamas com os braços abaixados ao longo do corpo. Levante os braços, colocando as mãos na cabeça. Observe se ocorre alguma mudança no contorno das mamas ou no bico. Repita a observação, colocando as mãos na cintura e apertando-a. Observe se há qualquer alteração. Por fim, esprema o mamilo delicadamente e observe se sai qualquer secreção.
Com informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do Ministério da Saúde