Assédio e violência contra a mulher aumentaram em 2022, da residência ao local de trabalho
Publicada dia 07/03/2023 10:46
Agravamento da violência no último ano do ex-governo, o maior promotor de machismo, sexicismo e violência da história do país, está relacionado ao baixo investimento da gestão Damares, que mesmo tendo recursos para gastar, registrou os menores níveis de despesas na área de proteção a mulheres desde 2015!
Em 2022, 30 milhões de mulheres sofreram algum tipo de assédio, o equivalente a uma mulher assediada a cada um segundo. Os dados são da pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgada na quinta-feira, 2 de março.
Segundo o estudo “Visível e Invisível: a Vitimização das Mulheres no Brasil”, esse é o maior número desde 2017, quando a pesquisa começou a ser feita.
Também é recorde o número de mulheres que sofreram algum tipo de violência ou agressão: 18,6 milhões, ou quase 51 mil por dia. Todas as modalidades de violência registraram aumento em comparação com o estudo anterior, de 2021, que já registrara aumento em relação aos anteriores.
Assédio no ambiente de trabalho
Um dos tipos de assédio que mais cresceu, segundo a Diretora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foi o caracterizado por comentários sexuais e constrangedores em ambiente de trabalho.
Pela pesquisa, foram 11,9 milhões de mulheres alvos de assédio no meio profissional, o equivalente a um caso por hora.
Assédio e morte
Entre os episódios mais graves de violência, os que levam diretamente à morte, houve um aumento trágico de casos de espancamento, tentativa de estrangulamento e ameaça com arma ou faca: praticamente dobraram na comparação com a última pesquisa, de dois anos atrás.
Baixo investimento
Agravamento da violência tem relação com baixo investimento da gestão Damares
As hipóteses que a pesquisa traz para o aumento de todas as modalidades de violência contra a mulher em 2022 têm a ver, principalmente, com a falta de investimento em políticas públicas para a população feminina nos últimos anos.
Na gestão de ex-ministra Damares Alves, foram registrados os menores níveis de despesas na área de proteção a mulheres. Mesmo havendo dinheiro para gastar, a pasta não o usou: em 2021, a execução de verba para proteção de mulheres foi a menor desde 2015.