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Em audiência pública, FINDECT se posiciona contra ameaças de privatização e afirma “Se mexer em nossos direitos, vai ter greve!”


Publicada dia 06/04/2017 16:03


A FINDECT participou, na manhã desta quinta-feira (06), de audiência pública, na câmara dos deputados, para debater a situação dos Correios. Participaram também representantes da Fentect, Adcap, Faaco e AACB, e o Presidente da ECT, Guilherme Campos.

A audiência é resultado da mobilização dos representantes dos Trabalhadores diante das ameaças e ataques que a categoria ecetista vêm recebendo nos últimos dias. A suspensão das férias, ameaças de privatização, demissões motivadas e imposição de cobrança de mensalidade no plano de saúde dos ecetistas são a realidade dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios.

Nesta audiência, foi possível esclarecer aos parlamentares, e a imprensa, a realidade da Empresa na visão daqueles que representam verdadeiramente os Correios, seus Trabalhadores. Em sua fala, o Presidente da FINDECT, José Aparecido Gimenes Gandara, relembra da função social desta empresa que existe há mais de 350 anos.

“Os Correios é uma Empresa histórica que foi criada para servir a população, sem fins lucrativos. Portanto, não se justifica fechar agências, dizer que ela está deficitária quando detém o monopólio postal. Esta empresa está presente em mais de 60 milhões de lares no Brasil, quem produz sua riqueza são os Trabalhadores, e eles não devem ser prejudicados por más gestões”, enfatiza Gandara.

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Em sua fala, o Presidente da Empresa, Guilherme Campos, usa dos mesmo argumentos já conhecidos da categoria. “A empresa está deficitária, precisamos cortar na carne”. Mas é preciso entender que a responsabilidade dessa suposta crise não é dos Ecetistas. Se for preciso cortar gastos, que eles comecem no alto escalão da Empresa, onde Presidente e vices, em conjunto com assessores, são responsáveis por gastos que ultrapassam a casa dos milhões de reais.

Campos afirmou que a proposta de sua gestão é “entregar as agências para os pequenos empresários”. As chamadas AGF’s são terceirizadas, não cabendo aos Correios a responsabilidade por seus Trabalhadores e nem os lucros que serão gerados. Os representantes da categoria entendem que essa proposta indicaria o fim da função social desta empresa, que oferece, em suas agências, nas mais remotas cidades do país, o direito à cidadania.

Assista a fala do Presidente da FINDECT, José Aparecido Gandara, momento em que faz defesa enfática dos Correios e reafirma que “se essa empresa é a de maior credibilidade, é porque os 60 mil carteiros, seus 117 mil Trabalhadores vestem a camisa. Se mexer no bolso desses Trabalhadores e Trabalhadoras, vai ter greve!”.

 
 

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