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Governo Bolsonaro e Correios agem com maldade e empurram custos do plano de saúde aos trabalhadores


Publicada dia 06/01/2020 10:51

Após recorrer ao STF, governo Bolsonaro e direção da Correios alteraram de forma ilegal e inaceitável o custeio do plano de saúde, a ECT comunicou aumento de quase 100% no valor das mensalidades e da coparticipação. Somente por meio de uma forte mobilização da categoria será possível parar os ataques aos direitos trabalhadores.

Não é de hoje que a equipe do governo, junto com a direção dos Correios, pretende se livrar dos custos gerados pelo plano de saúde e massacrar os trabalhadores, afrontando sem respeito algum a categoria. O reajuste foi comunicado no Primeira Hora da sexta-feira, 03 de janeiro, estamos falando de uma alteração que quase dobra os valores de mensalidade e coparticipação! Trata-se de total desrespeito aos trabalhadores e suas famílias.

A FINDECT e Sindicatos filiados orientam que nenhum trabalhador ou trabalhadora se desligue do plano de saúde, vale ressaltar que a liminar do STF concedida à empresa ainda é objeto de recurso e julgamento. Trata-se de uma ameaça, algo que só poderá ser confirmado pelos meios jurídicos, portanto, não há motivos para se precipitar e pedir a saída do plano de saúde.

Pelas regras atuais do plano de saúde reafirmadas no julgamento do Dissídio Coletivo, realizado em outubro do ano passado, ficou determinado que os Correios devem arcar com o custeio de 70% das despesas do plano de saúde, e os trabalhadores ficam responsáveis por custear 30%. A porcentagem relativa aos trabalhadores é mantida por meio de mensalidades que variam de 2,5% a 4,4% do valor dos salários, mais 30% de coparticipação nos procedimentos médicos.

O novo modelo informado pelos Correios impõe a paridade no custeio financeiro do plano e joga nas costas dos trabalhadores um expressivo aumento no valor de mensalidades, um aumento muito acima da inflação, algo que, diante dos baixos salários dos Ecetistas, gera altas dificuldades para manter ativo o plano de saúde.

Apesar do Poder Judiciário se encontrar em recesso, o Departamento Jurídico da FINDECT estará reunido para debater e tomar todas as medidas jurídicas possíveis. Vale lembrar que os Departamento Jurídico das Federações ingressaram com recurso no STF com o objetivo de barrar a mudança no custeio do plano imposta pela liminar concedida pelo Ministro Dias Toffoli.

A FINDECT também notificou o Ministro-presidente do TST do não cumprimento da sentença normativa determinada pelo pleno do TST em julgamento de outubro/19.

A atitude covarde do governo Bolsonaro e da direção da ECT, demonstra que esse governo tem ódio dos trabalhadores dos Correios e de suas famílias. É preciso resistir! O ano de 2020 começou conturbado, e só com uma ampla e forte mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras será possível barrar os ataques do governo Bolsonaro aos nossos empregos e direitos.  Nos próximos dias, a FINDECT estará divulgando um calendário de ações nas suas bases com o objetivo de organizar a resistência e fortalecer a luta contra a retirada de direitos.

BAIXE O COMUNICADO 001/2020 do SINDECTEB sobre este tema aqui

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