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SINDECTEB conquista apoio da Câmara de Bauru na defesa dos Correios


Publicada dia 19/08/2021 16:41

A Câmara Municipal de Bauru aprovou uma moção pela manutenção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos como empresa estatal e 100% pública. O documento foi colocado pela Vereadora Estela Almagro (PT), na Sessão Ordinária ocorrida no dia 16 de agosto de 2021.

Diomédio Francisco (Sindecteb), Vereadora Estela Almagro (PT), Laerte e Akira (Sindecteb).

A articulação da diretoria do Sindicato junto às esferas representativas de poder em torno da defesa dos Correios ganhou força no último dia 16 de agosto. Os diretores do Sindicato Laerte Claro, Akira e Diomédio Francisco, foram à Câmara Municipal de Bauru e conquistaram mais uma moção importante na luta contra a venda dos Correios, e pela manutenção do seu caráter 100% público com priorização da atuação social.

Com isso, mais uma cidade entra nessa na luta importante, se posicionando CONTRA a privatização dos Correios, empresa que têm um papel social imprescindível em todos os municípios, a exemplo do transporte e a entrega de vacinas, livros didáticos, serviços bancários, acesso a comunicação, urnas eletrônicas, documentos, entre outros serviços de relevante importância para a sociedade.

“O SINDECTEB vem realizando audiências públicas nas câmaras municipais de diversos municípios de sua base, com o objetivo de angariar apoio de parlamentares, prefeitos e a população, construindo uma grande mobilização em defesa dos Correios e que está se espalhando por todo Brasil”, disse o diretor Laerte Claro.

PL 591 vai causar um apagão postal!

O governo Bolsonaro sabe que as empresas privadas jamais prestarão serviços postais universais nos 5.570 municípios brasileiros caso o PL 591 seja aprovado, mesmo assim insistem num projeto constitucional.

Com a privatização, o governo federal usurpará uma atribuição constitucional dos Correios prevista pela Carta Magna, em seu artigo 21, inciso X, quando diz que “compete a União manter o serviço postal e o correio aéreo nacional”. De modo que, independente de os Correios serem rentáveis ou não, é competência da União manter os serviços postais enquanto garantia fundamental da população.

Se aprovado o PL, significará um grande retrocesso no longo processo de investimento público de mais de três séculos na integração territorial e que resultou no modelo atualmente adotado no Brasil.

“As empresas privadas só irão operar em regiões com grandes possibilidades de lucro desprovendo milhares de cidades do acesso aos serviços bancários prestados pelos Correios e da distribuição de cartas e encomendas essenciais para o fortalecimento da economia” disse o diretor Diomédio.

Correios é essencial para o povo

Momento em que a população busca proteção e se preocupa em sobreviver em plena pandemia. Privatizar uma empresa que manteve os serviços essenciais em todos os municípios brasileiros, é uma das mais fortes demonstrações de descaso do Governo Bolsonaro com o papel do Estado, em prestar bons serviços públicos.

Os principais prejudicados com a privatização da ECT serão os pequenos municípios e as populações mais pobres, onde os investimentos públicos tratam e resolvem os problemas, já que por natureza não são rentáveis e uma empresa privada, naturalmente, privilegiará áreas e setores que lhe gerem lucros e com isso aprovamos essa moção e vamos continuar nosso trabalho em defesa dos Correios públicos”, disse a Vereador Estela Almagro.

A moção de repúdio foi aprovada por 15 votos favoráveis e apenas 1 voto contrário.

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