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Indicação de Presidente do POSTALIS sem transparência e democracia acende alerta, afirmam Conselheiros eleitos


Publicada dia 19/04/2023 14:46

Os Conselheiros Anézio Rodrigues, Caio Flávio Félix de Oliveira e Edgard de Aguiar Cordeiro, eleitos pelos trabalhadores votaram contra a indicação por entenderem que não houve transparência e democracia no devido processo de seleção do novo Presidente dos Postalis.

A direção dos Correios e o governo escolheram o novo Presidente do Postalis sem considerar os inúmeros candidatos que se inscreveram e sem nenhuma discussão com os Sindicatos, Federações, Associações e beneficiários, num processo que preocupa pois não houve um aprofundamento na avaliação da qualificação de cada um dos candidatos.

O indicado para a presidência do Postalis, Camilo Fernandes dos Santos, foi um dos muitos que se inscreveram para assumir o cargo. Havia vários outros candidatos, inclusive que possuíam certificação e habilitação, com currículo invejável e vasta experiência na área, mas o patrocinador simplesmente desprezou todas as qualificações dos demais inscritos.

A origem do indicado é o movimento sindical bancário. Até aí tudo bem. Sindicalistas, por definição, devem cumprir o papel fundamental de representar os trabalhadores e suas lutas por direitos e por uma sociedade justa e igualitária. Assim o indicado seria, supostamente, alguém de confiança, que se colocará ao lado dos trabalhadores e buscará a correção e a justiça que não se viu na direção do Postalis nos últimos anos, principalmente na omissão pelo não pagamento da RTSA, na cobrança e responsabilização do Banco de Nova York e na contribuição extraordinária do POSTALIS.

Mas o método de escolha jogou tudo por terra. O processo foi antidemocrático, sem discussão com os interessados e sem sequer considerar os demais inscritos para o cargo.

Sem contar que houve um descumprimento do previsto no parágrafo único do Art. 5º da resolução CNPC nº 35/2019, que estabelece que a escolha dos membros da Diretoria-Executiva será realizada mediante exigência de qualificação técnica para a função e de sabatina.

E isso acende a luz de perigo para os trabalhadores, que já estão cansados de serem prejudicados e cobram ações efetivas ao novo indicado ao posto de presidente do POSTALIS.

Não é sensato concordar e se calar frente a um procedimento antidemocrático. Baixar a cabeça pode abrir uma porteira indesejada, e a indicação para os órgãos que são sustentados pelos trabalhadores virar rotina.

É importante ressaltar que a votação do indicado pelo Conselho Deliberativo do Postalis terminou empatada. Os representantes eleitos pelos trabalhadores rejeitaram a indicação, pela realização de um novo processo, com democracia no procedimento, que implica ouvir, debater e negociar com os trabalhadores.

Mas os conselheiros indicados pelos Correios votaram a favor. Com o empate, o voto de minerva ficou a cargo do presidente do Conselho, que é um dos indicados pela empresa, e ele desempatou pela aprovação da indicação de Camilo Fernandes à presidência do órgão.

Os conselheiros Anézio Rodrigues, Caio Flávio Félix de Oliveira e Edgard de Aguiar Cordeiro, esperam que a PREVIC, que dá a última palavra, reavalie o processo e que seja retomado pelos Correios, dessa vez com debate, transparência e consideração das posições dos trabalhadores e negociação. Ou seja, com democracia!

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