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E a culpa, é de quem? Rombo no Postalis prejudica o trabalhador.


Publicada dia 16/03/2015 16:44

Mais uma vez, ficamos sabendo de fatos desagradáveis relativos ao nosso fundo de pensão complementar – Postalis/PostalPrev . Na última quinta-feira, 05 de março, o conselho deliberativo do Postalis, composto por representantes indicados pela empresa e “eleitos pelos trabalhadores”, aprovou mais um plano de equacionamento do déficit econômico atuarial acumulado no plano BD saldado, posicionado em 31 de dezembro de 2014.

Em outras palavras, companheiros e companheiras, o plano não está sendo lucrativo, muito pelo contrário, por conta da má gestão dos seus recursos, que são descontados do seu salário, e por isso, para que ele não se torne insolvente (não se sustenta financeiramente), fomos convocados  juntamente com a empresa a pagar este déficit, que os iluminados indicados políticos que dirigem o Postalis provocaram. Detalhe, a parte da empresa deriva do lucro que ela tem por conta do nosso trabalho, ou seja, na verdade quem vai pagar o déficit total, de forma direta ou indireta, é o trabalhador.

Os Participantes serão penalizados com as seguintes contribuições:

  • APOSENTADOS = 9,0%¹ + 25,98%² = 34,98%
  • EMPREGADOS =  25,98%²
  • Duração estimada da medida = 15 anos e 6 meses (186 meses) – até 2030. Que poderá diminuir dependendo do resultado das aplicações financeiras e dos impactos atuariais futuros.

¹ 9,0% taxa de administração
² 25,98 cobertura déficit 2013-2014

A FINDECT e o SINDECTEB não aceitam mais esta atitude, do Postalis e de seu conselho deliberativo, coniventes com essas atitudes, de colocar nas costas dos trabalhadores o pagamento do déficit que a sua incompetência e seu descaso provocaram. Além disso, no montante da divida, que é de 5.597.717.974,28, consta também o valor relativo à Reserva Técnica de Serviço Anterior (RTSA), que era o déficit anterior ao saldamento compulsório de 2008, de obrigação única e exclusiva dos Correios, reconhecida e aprovada pelo próprio DEST (Ministério do Planejamento).

Já temos protocolado (agosto de 2014) um pedido de intervenção no Postalis, junto à Previc, órgão do Ministério da Previdência Social, encarregado na fiscalização os Fundos de Pensão Complementares.  Infelizmente, até o momento, não tivemos resposta. Quanto a esse novo e escandaloso “plano de equacionamento econômico e atuarial”, protocolamos, no inicio da semana passada, juntamente com outros órgãos representativos dos trabalhadores ecetistas, Carta Aberta ao Ministro das Comunicações, informando dos acontecidos e pedindo a sua intervenção na busca de uma solução para a questão.

Além disso, levamos a questão ao jurídico da FINDECT e do SINDECTEB, que irá estudar a situação e tomar as medidas que forem necessárias. Aos trabalhadores, pedimos, principalmente, que não saiam do fundo do Postalis precipitadamente, como muitos devem estar querendo. Lembre-se, companheiro, esse dinheiro que lá está, é seu! E se você se retirar do plano, perderá a oportunidade de recuperá-lo.

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