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Estados Unidos investem e incentivam Correios, já o Governo brasileiro tenta destruir


Publicada dia 09/12/2021 11:22

Na terra da Amazon, da Fedex e da UPS o governo investe, incentiva e valoriza os Correios públicos, enquanto no Brasil o governo está empenhado em vender essa joia do povo e entregar o setor postal nas mãos da iniciativa privada.

A vitória significativa da categoria, que conseguiu parar a tramitação no Senado do PL 591 em 2021, que privatiza os Correios, é enorme e pode ser medida pela por esses dados publicados no site oficial do Correio dos Estados Unidos, USPS.

●O pico de entregas de final de ano vai encontrar o Correio americano muito bem preparado em todas as categorias.

●A previsão é de que entre 850 milhões e 950 milhões de encomendas serão entregues. O número total de cartas, cartões e pacotes processados e entregues entre o Dia de Ação de Graças e o Dia de Ano Novo é estimado em mais de 12 bilhões.

●Um dos motivos do preparo está nas contratações e investimentos realizados para garantir o bom funcionamento da empresa.

●Como a conversão de 63.000 funcionários pré-carreira em cargos de carreira e a integração de mais de 185.000 funcionários desde o início do último ano fiscal, incluindo o preenchimento dos 63.000 funcionários pré-carreira e a contratação de 40.000 funcionários sazonais para auxiliar neste envio de férias e época de embarque.

●O bom funcionamento também se deve à instalação de 112 novas máquinas de processamento de pacotes de alta velocidade, aumentando a capacidade de processamento diário em 4,5 milhões de embalagens.

●E a abertura de mais de 100 novos locais em todo o país, oferecendo 13 milhões de pés quadrados de espaço adicional para acomodar correspondências e pacotes.

Fonte: https://about.usps.com/newsroom/national-releases/2021/1203-usps-performance-remains-solid-across-all-categories.htm

Por que o tratamento é tão diferente?
Enquanto um afaga, o outro agride. Enquanto um nutre, investe e faz crescer e melhorar, o outro quer destruir. O que justificaria essa disparidade?
Não é o tamanho. O Correio americano tem cerca de 34 mil agências espalhadas pelo país, conectadas por uma rede com 231 mil veículos e 495,9 mil funcionários, mais de cinco vezes o quadro da ECT, que hoje soma 95 mil trabalhadores.
A diferença está na forma de tratar a população, a segurança nacional, o bom funcionamento da economia e os interesses da nação.
Mesmo sendo o país mais rico do mundo, os Estados Unidos têm território pouco maior que o do Brasil, mas com problemas parecidos de integração, localidades longínquas e de difícil acesso e periferias que viram áreas restritas.
Tem também uma grande quantidade de pequenos negócios que dependem dos Correios públicos. Um exemplo está no serviço de um site chamado Etsy, através do qual milhares de pessoas vendem artesanatos e miudezas. Elas precisam da tarifa baixa e da entrega garantida em todos os lugares do país, e o Etsy só encontra isso no Correio público.

Lá, querem incentivar os pequenos negócios e garantir atendimento universal, enquanto aqui a sede de lucro de alguns empresários está à frente e é defendida pelo governo.
Pra sair da crise
Outra diferença está na postura frente à crise econômica, às dificuldades trazidas pela pandemia e às lições delas tiradas.
O governo brasileiro deixa tudo afundar, quer privatizar e entregar a empresários o que tem de mais valioso e segue retrocedendo o Brasil a uma fazenda produtora de commodities para o mundo civilizado.
Veja AQUI texto sobre como a política do governo brasileiro levou o país a perder 28.700 indústrias e 1,4 milhão de postos de trabalho no setor, enquanto privilegia o setor agrícola para exportação de alimento, minério e energia (embora internamente a fome aumente).

Enquanto isso o governo americano decidiu injetar dinheiro na economia interna. O Plano Biden, já aprovado no Congresso americano, prevê um pacote de investimentos de U$ 3 trilhões para fortalecer pequenos, médios e grandes negócios, melhorar a infraestrutura, gerar empregos, fortalecer a economia e reposicionar o país como principal economia do planeta.
A questão envolve competência, que o governo brasileiro não tem, mas também escancara seu direcionamento para manter uma política econômica voltada aos interesses das grandes empresas, que aprofunda a concentração de renda, as desigualdades sociais e a pobreza da maioria da população.

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