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FINDECT participa de audiência e contrapõe argumentos do governo Bolsonaro sobre privatização dos Correios


Publicada dia 25/03/2022 16:27

● A FINDECT e seus Sindicatos foram os únicos representantes da categoria que enviaram questões e participaram da audiência, levando a sério a necessidade de combater essa ação do governo, que ainda tenta colocar o PL 591 e a privatização dos Correios em pauta.

● Também mobilizaram a categoria para fazer pressão no dia e estão permanentemente em Brasília, em diálogo com Senadores em busca de apoio, sobretudo na CAE Senado.

● O PL 591 está parado na Comissão de Assuntos Econômicos, CAE Senado, o presidente dessa Comissão já declarou que não pretende colocar o PL em tramitação e a FINDECT angaria cada vez mais apoios contra essa tentativa criminosa de privatizar os Correios.

Governo não responde questões

Em participação na Audiência, o Presidente da FINDECT José Gandara criticou a validade da discussão numa audiência que é forçação de barra, tentativa de criar um ambiente que não existe.

Lembrou que o processo é complexo, entre outras coisas porque a própria PGR, em resposta ao STF, reafirmou que o PL é inconstitucional.

E questionou como ficarão as cidades em que a atividade postal é deficitária, com o fim do subsídio cruzado. E como o governo lidaria com o inevitável apagão postal, que imporá custos altíssimos à população e aos cofres públicos, tanto pelo aumento das tarifas quanto para as economias locais, que dependem imensamente dos Correios.

Márcio Martins, diretor da FINDECT e do SINTECT-MA deixou sem resposta os representantes do governo Bolsonaro que não souberam dizer como ficaria a situação dos empreendedores, da população dos municípios longínquos e do interior do país, já que não geram receita própria e dependem do subsídio cruzado para manter ativa a economia dessas regiões.

Em sua intervenção na audiência pública, Wilson Araújo, diretor da FINDECT e secretário-geral do SINTECT-MA questionou o fato dos serviços postais serem repassados à iniciativa privada sendo que cerca de 40% dos municípios brasileiros dependem exclusivamente dos serviços postais dos Correios estatais.

Os representantes do governo não responderam!

Quando responderam, se contradisseram

Douglas Melo, Diretor de Imprensa da FINDECT e do SINTECT-SP, participou da audiência com questionamento sobre a relação entre lucratividade e privatização.

“Se houve lucro nos últimos 5 anos e os Correios pagam dividendos à União”, questionou ele, “por que privatizar?” o lucro líquido da ECT nos últimos 5 anos foi: R$ 667 milhões em 2017; R$ 161 milhões em 2018; R$ 102 milhões em 2019; R$ 1,53 bilhão em 2020; R$ 3,7 bilhões em 2021, o melhor resultado dos últimos 22 anos.

Uma representante do governo da equipe de Paulo Guedes tentou ser mais realista que o rei e responder espertamente a questão. Mas se contradisse e mostrou que esse governo não tem argumento para privatizar os Correios. Age para favorecer o “mercado”, os investidores e as empresas privadas do setor.

Ela disse que o resultado de 2021 não justifica manter a estatal. Que é só olhar para trás para todos os números e entender as dificuldades futuras de manter o modelo como está. Ainda disse que o mercado de encomendas cresce, mas os Correios perdem participação nele porque as privadas estão investindo e ampliando suas atividades.

Correios dá mais retorno ao governo que BB, CEF e Petrobrás

Do que ela está falando? Em que planeta está vivendo? Ela não sabe que nos EUA o correio público é mantido porque as privadas não vão nas periferias das grandes cidades nem nos rincões do país que tem a maior economia do mundo e as gigantes de logística e entregas, como Amazon, Fedex e UPS?

Não sabe que os Correios deram lucro nos últimos 5 anos, mesmo com os prejuízos alegados pelo governo, mas contestáveis? E que nos últimos 20 anos o saldo é muito positivo?

Os Correios foram a estatal que trouxe melhor aporte de dividendos à União, melhor que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica e a Petrobrás, em relação ao capital investido.

Se considerar os recordes de lucros dos bancos das últimas décadas, e que a Petrobrás é uma empresa mista que entrega metade de seus dividendos a investidores privados, vê-se a importância da ECT para o governo, para o país e para seu povo.

E há mais. Esse lucro poderia ser muito maior se não houvesse o sucateamento, o fechamento e fusão de unidades, a redução drástica do número de funcionários e de sua atuação. Se o governo quisesse, o Correio seria muito mais forte, teria uma fatia ainda maior do mercado, lucraria imensamente mais e atenderia a população com um nível de qualidade que a concorrência jamais atingiria.

Enquanto isso, têm oportunistas falando que estão na luta e ainda tem a cara de pau de mentir sobre o trabalho único, corajoso e forte que a FINDECT e seus Sindicatos estão fazendo. Nosso repúdio aos mentirosos!

Entre na luta com a FINDECT

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