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Luta contra a privatização: PL 591 parou na CAE do Senado graças à luta qualificada da categoria


Publicada dia 02/12/2021 17:32

A atuação firme e contínua dos sindicatos filiados à FINDECT no Senado apresentando documentos, dialogando e argumentando com senadores e assessores conseguiu barrar a votação do PL 591 na CAE como pretendia o governo Bolsonaro

Com previsão de lucro líquido acima de R$ 2,5 bilhões, ainda maior que o de 2020 (R$ 1,53 bilhão). O presidente da CAE, o Senador Otto Alencar, avaliou que ainda faltam “números confiáveis” que balizem o processo. Ainda mais considerando uma empresa estruturada em todo o país. “Os Correios chegam no fundão do Brasil, nos distritos, nos povoados”, destacando o aspecto social dos serviços prestados pela ECT.

O senador Otto Alencar (PSD/BA), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, CAE Senado, anunciou o adiamento da tramitação do PL 591 e confirmou que ele não será pautado em plenário em 2021, talvez em 2022, “se houver condições”.

O motivo pinçado pelo senador para o congelamento do PL é o valor fixado pelo governo para a venda dos Correios (R$ 1,3 bi), o valor é irrisório frente ao lucro anual da ECT previsto para 2021 de R$ 3 bilhões.

Para ele, o governo tem que comprovar sua alegação de que essa discrepância tem a ver com o passivo trabalhista da ECT. Enquanto não houver tal comprovação, o PL não anda, segundo Otto.

O trabalho de informação dos representantes da FINDECT no Senado, com apoio do MDB Trabalhista, e as denúncias e cobranças dos trabalhadores pelas redes sociais e telefone foram decisivos para esse desfecho.

Os representantes sindicais estão mostrando aos senadores as mazelas que a privatização dos Correios pode causar, como o aumento de tarifas, o fim do subsídio cruzado e o abandono das populações dos municípios deficitários. Muitos já entenderam que o PL 591 só interessa às empresas privadas e prejudica a população e a nação.

Outro fator é o desgaste do governo e do presidente que cresce e agora reflete na polêmica da PEC dos Precatórios. Bolsonaro quer essa PEC para implantar o Auxílio Brasil em lugar do Bolsa Família e tentar recuperar apoio, de olho na eleição.

Para comprar os votos dos deputados, criou um orçamento secreto para emendas. A indecência foi questionada pelo STF, que impugnou a manobra. Cada vez mais partidos e parlamentares se descolam do governo e se negam a aprovar seus projetos.

Com isso, é essencial ampliar os trabalhos do Sindicato e da FINDECT diretamente em Brasília e a mobilização da categoria no contato com os senadores.

A luta contra a privatização continua até o arquivamento do PL 591!

⇐A FINDECT e os Sindicatos vão manter a ação constante no Senado e a mobilização da categoria para barrar esse projeto que destrói os Correios e pode causar um apagão postal no país.

⇐A luta em defesa dos Correios, empresa do povo e maior operadora logística do país, é a garantia de um futuro com o serviço postal estatal de qualidade e com tarifas justas!
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FONTE: Findect

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