2023: Tempo de recomeço, união e esperança!

Publicada dia 25/12/2022 00:05

O ano de 2022 foi muito difícil na vida de todos nós. Desde a reforma Trabalhista em 2017, tivemos que redobrar esforços para reconquistar direitos essenciais para a categoria ecetista, mas fechamos o ano com uma vitória importante da classe trabalhadora nas eleições elegendo Lula Presidente

Estamos nos aproximando do final de mais um ano, um ano combativo principalmente para a classe trabalhadora. Em meio a tanta crise e a tanta dor, frente aos desafios e retrocessos, nós, os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, nos organizamos e resistimos para defender e garantir nossos direitos e empregos.

Vale ressaltar que a disputa de visões e de projetos políticos foi dramática em 2022 e dividiu populações em várias partes do planeta, como se viu nas eleições presidenciais nos EUA e no Brasil.

A condução da economia gerou enormes polêmicas, muito além de trabalhar ou fazer lockdown na pandemia. As diferenças entre os defensores do estado mínimo e do mercado como regulador e aqueles que acreditam no estado forte e indutor de políticas públicas dominou as discussões e as ações.

Como os primeiros estavam no comando das ações no Brasil no último período, os lances em favor do mercado tiveram preferência, em vez de políticas e serviços públicos e estatais, que foram ameaçados de privatização ou privatizados mesmo.

Ataques contínuos aos Correios

As ameaças de privatização e os enormes ataques sofridos pelos Correios nos últimos anos fazem parte desse cenário. O governo que foi eleito dizendo que venderia a ECT passou quatro anos tomando medidas para abrir o caminho a isso.

Entre os ataques, o governo não realizou concurso, não contratou funcionários e ainda diminuiu o quadro com vários PDVs. Isso fez o quadro de 120 mil trabalhadores cair para 88 mil.

Aliado a essa medida atacou os direitos contidos no Acordo Coletivo da categoria.
Não investiu em tecnologia. Em vez de melhorar a infraestrutura, manteve setores em condições precárias e fechou uma quantidade enorme de agências e CDDs. Ampliou o assédio e a repressão nas Unidades e realizou SDs arbitrários e fora da realidade, baseados em métricas falsas.

Sobrecarga e adoecimento aos ecetistas, e população prejudicada

Tudo isso ocorreu enquanto o trabalho crescia com o aumento das entregas vindas do comércio eletrônico.

O resultado só poderia ser sobrecarga de trabalho e aumento de doenças ocupacionais. Além, é claro, da piora acentuada do atendimento à população, em prejuízo principalmente da entrega de correspondências.

Essa ação foi pensada, dimensionada e planejada por esse governo e a direção militar que ele pôs na ECT. Era exatamente isso que ele queria.

Seu plano era vender os Correios e entregar o setor postal aos empresários interessados. Por isso foi abandonando o setor, enxugando a empresa, piorando as condições de trabalho e deixando a estrutura atraente do jeito que os empresários gostam.

A luta contra a privatização continua

Mesmo com o compromisso do atual governo, assinado pelo presidente Lula na campanha eleitoral, de não privatizar a empresa, e sua afirmação de que em seu governo não haverá privatizações, a Diretoria do SINDECTEB e da FINDECT se mantém na luta para enterrar de vez o PL 591/21, projeto elaborado pelo governo atual para entregar os Correios.

Por isso, a diretoria do SINDECTEB ficou permanentemente dialogando com os parlamentares eleitos e com os membros da equipe de transição na área de comunicação.

A FINDECT entregou um documento com a defesa de um projeto de Correios público, estatal e forte, a serviços da população, da integração e do desenvolvimento do país ao coordenador da equipe de transição, Floriano Pesaro.

Essa segue sendo a principal frente de resistência atual e em 2023, porque se trata do problema central de manter o Correio público, melhorar as condições de trabalho e de prestação de serviços à população, contratar funcionários e repor direitos tirados da do ACT, investir em tecnologia e em melhoria da infraestrutura, inclusive reabrindo as agências fechadas e ampliando o número de unidades.

Na luta e com atendimento à categoria

Junto com essa pauta pela manutenção do Correio estatal, com qualidade cada vez maior, o SINDECTEB seguirá firme na defesa dos direitos da categoria, do concurso e de contratação, na luta pela recuperação de direitos e da recuperação do Postalis, em busca de negociações constantes com a direção da empresa e o governo.

O esforço para atender bem e prestar bons serviços aos filiados, que já rende bons frutos, também vai estar no centro das atenções.
O trabalho cada dia mais qualificado do Departamento Jurídico, que resultou em inúmeras vitórias coletivas e individuais, com a entrega de centenas de alvarás em 2022 é o resultado de uma gestão sindical transparente e atuante.

O trabalho de atendimento diário feito pela Diretoria na sede e diretamente nos setores de trabalho, seguirá sendo uma das prioridades, junto com o fortalecimento constante da comunicação diária.

A Diretoria do Sindicato conta com o apoio e a participação da categoria nos eventos e ações sindicais. Juntos somos mais fortes e temos mais condições de alcançar vitórias. Um ótimo Natal com suas famílias e um 2023 de muitas vitórias para toda a categoria!