25 de julho: Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia de Tereza de Benguela
Publicada dia 25/07/2022 09:33
O SINDECTEB celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em homenagem a luta e a resistência das mulheres negras. No Brasil, a data também é uma homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, que viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê.
Em 1992, quando ocorreu o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas que, junto à Organização das Nações Unidas (ONU), lutou para o reconhecimento da data.
No Brasil, o dia 25 de julho também se comemora o Dia da Mulher Negra e Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola de destaque que resistiu à escravidão durante duas décadas no século XVIII, lutando pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança.
O dia 25 de julho é um marco na luta das mulheres negras contra o racismo e uma oportunidade para trazer este tema à tona. Estudos apontam a triste realidade que atinge massivamente a população negra, principalmente mulheres, incluídas as transsexuais.
De acordo com associação de Mujeres Afro, na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas (54% da população) se identificam como negras. E tanto no Brasil quanto fora, esse grupo é o que mais sofre com as desigualdades socioeconômicas e raciais.
No julho das Pretas, nós mulheres negras ecetistas chamamos a atenção para a misoginia patriarcal e para a naturalização de absurdos racistas e denunciamos a desigualdade e o fascismo do governo genocida de Bolsonaro.
Precisamos nos mobilizar na ofensiva contra esse modelo. O momento nos exige muita organização e a capacidade de nos articular para fazer lutas que possam alterar nossa vida cotidiana, para transformar a história, combater as desigualdades e racismo.