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SINDECTEB foi às ruas defender os Correios estatal e a democracia


Publicada dia 07/09/2021 18:56

A diretoria do SINDECTEB e trabalhadores dos Correios se concentraram em frente à Câmara Municipal, na praça Dom Pedro de onde seguiu em passeata pelas ruas da cidade unidos às centrais, sindicatos, movimentos sociais e populares no Grito dos Excluídos, com um chamado claro à defesa da democracia, da vida, da saúde, dos direitos dos trabalhadores e do povo e contra as privatizações, enquanto em outro ponto da cidade apoiadores do extremismo golpista bolsonarista defendiam os interesses pessoais do presidente.

O sete de setembro de 2021 ficará marcado como um dos mais bizarros da história do país. Foi nele que um certo presidente chamou seus apoiadores às ruas para atacar as demais instituições da república, principalmente a instância máxima da justiça e seus ministros, pregar extremismos e ameaçar aqueles que dele discordam.

Ficou claro que democracia, direito e justiça não são preocupações desse presidente. Ao desafiar o STF (Supremo Tribunal Federal), dizer que não cumprirá suas decisões e exaltar seus seguidores a atacá-lo, Bolsonaro partiu para um radicalismo extremo e perigoso que pode afastar as forças políticas que ainda o sustentam e isolá-lo.

Mas o que quer Bolsonaro?

Fazer o melhor pelo país e pela população? Tirar do caminho a justiça e o parlamento, que não o deixam fazer? É isso que ele diz. Mas será isso mesmo?

No dia sete ele afirmou que “só sai preso, morto ou com vitória” e desafiou: “Jamais serei preso”. Essa frase é reveladora. Quem pediu ou disse que ele será preso?

Fica claro que a ação tresloucada de Bolsonaro visa a criar ambiente para defender a si próprio e a seus filhos de processos que estão correndo na justiça e de outros que serão abertos, e que podem sim colocá-lo na cadeia.

Mas ele não teve o apoio que esperava. Aqueles que foram às ruas são parte dos 20% da população que pensam igual e já apoiam Bolsonaro. Estão com ele mesmo em seus ataques às instituições democráticas e suas ameaças golpistas.

Genocídio e retrocessos

E mesmo com a morte de quase 600 mil pessoas devido a negligências na pandemia. Com a queima de florestas, com ele achando que algumas mulheres merecem ser estupradas, que não é preciso usar máscaras, que negro é medido em arroba, que ter filha mulher é fraquejada, mesmo deixando vacina vender, liberando agrotóxico como nunca na história, com as rachadinhas e funcionários fantasmas, a celebração de milícias e milicianos e muitas outras questões conhecidas, evidentes e até provadas.

E mesmo com ele destruindo a economia do país, gerando mais de 15 milhões de desempregados, acabando com a aposentadoria e muitos outros direitos dos trabalhadores para favorecer empresas e empresários, privatizando estatais essenciais para a população só para agradar e enriquecer bancos e empresas privadas.

Todos na luta!

O presidente da Câmara, Arthur Lira, continua sentado em cima de mais de 100 pedidos de impeachment. Nesse sentido, as ações desse sete de setembro podem criar as condições que faltavam para os pedidos serem colocados na mesa.

Para garantir isso é preciso que a mobilização cresça com o povo trabalhador nas ruas exigindo o impeachment e a saída do presidente. Isso é necessário e urgente, porque a cada dia que passa o rastro de destruição criado por Bolsonaro fica maior, tornando mais difícil e demorada qualquer reconstrução.

É hora também de intensificar a mobilização da categoria contra a privatização, em defesa do Correio público e estatal. O Sindicato e a FINDECT estão em Brasília essa semana e estarão na próxima. Também estão na Band TV veiculando denúncia contra a ação do governo. E chamam toda a categoria a ajudar na pressão, acessando o site da campanha e contatando os senadores.

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