93 ANOS DO VOTO FEMININO: A CONQUISTA QUE TRANSFORMA A POLÍTICA BRASILEIRA
Publicada dia 24/02/2025 16:41
No dia 24 de fevereiro de 1932, o Brasil deu um passo fundamental em direção à igualdade de direitos ao garantir às mulheres o direito de votar e serem votadas. Com a assinatura do Código Eleitoral por Getúlio Vargas, o Brasil reconheceu oficialmente o papel das mulheres na construção de uma sociedade mais democrática. Uma conquista que, embora histórica, ainda ecoa na luta por mais igualdade e representatividade política.
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A vitória pelo direito ao voto foi resultado de uma mobilização histórica de mulheres que, ao longo dos anos, pressionaram as autoridades e sensibilizaram a sociedade sobre a importância da participação política feminina. Entre as principais organizadoras dessa luta, destacou-se a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), liderada por Bertha Lutz, que foi peça chave na conquista desse direito.
Entretanto, a vitória não foi total desde o início. Inicialmente, o voto feminino foi facultativo e restrito às mulheres com profissão remunerada. Foi apenas em 1934, com a promulgação da nova Constituição, que o voto feminino se tornou universal, permitindo que todas as mulheres pudessem exercer seus direitos políticos.
Vale destacar também que, antes mesmo da legalização nacional do voto feminino, as mulheres já começavam a conquistar espaços na política. Em 1928, Alzira Soriano foi eleita prefeita de Lajes, no Rio Grande do Norte, tornando-se a primeira mulher a assumir um cargo executivo no Brasil. Em 1933, Carlota Pereira de Queirós foi eleita deputada federal, consolidando a presença feminina no Legislativo.
Hoje, 93 anos depois dessa conquista histórica, as mulheres representam 53% do eleitorado brasileiro, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, ainda enfrentam um grande desafio: a sub-representação nos cargos políticos. Atualmente, as mulheres ocupam apenas 18% das cadeiras na Câmara dos Deputados, o que demonstra que a luta pela plena igualdade na política continua.
Telma Milhomem, diretora de Mulheres da FINDECT, reforça a importância desta data e o caminho que ainda precisamos percorrer: “O voto feminino foi uma conquista histórica, mas a verdadeira igualdade só será alcançada quando mais mulheres ocuparem cargos de liderança e decisão. A participação das mulheres, especialmente das trabalhadoras, é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma.
A FINDECT, que representa os trabalhadores dos Correios, tem um compromisso com a promoção da igualdade de gênero, a valorização da mulher no movimento sindical e a ampliação da sua presença nas instâncias políticas. Neste 93º aniversário do voto feminino, a FINDECT reitera a importância de seguir lutando por mais representatividade feminina, tanto no campo político quanto nas nossas lutas sociais e trabalhistas.
A história do voto feminino é uma conquista de todas as mulheres, mas a batalha pela plena participação política e social ainda segue em curso. A FINDECT se orgulha de fazer parte dessa luta, garantindo que as vozes femininas, especialmente das trabalhadoras dos Correios, sejam ouvidas e respeitadas em todos os espaços decisórios.
Fonte: FINDECT
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